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Programa de distribuição de leite em Maués reduz 48% a taxa de desnutrição infantil

O maior programa social em andamento no interior do Amazonas, o Leve Leite, desenvolvido e custeado pela Prefeitura de Maués (253 km de Manaus), completa seis meses de implantação em setembro, comemorando a redução de 48% nos índices de desnutrição infantil, e nos casos de diabetes e hipertensão em idosos, em comparação ao mês de janeiro, segundo levantamento realizado pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

O projeto beneficia, de segunda a sexta-feira, mais de 3 mil famílias cadastradas com leite produzido a partir da soja e que é distribuído, gratuitamente, em nove pontos localizados nas áreas mais carentes da sede de Maués. No total, são 12,7 mil pessoas beneficiadas com mais de 3,4 mil litros de leite por dia.

 

“Estamos felizes com estes resultados em apenas seis meses, mas a verdadeira conquista para o município são as futuras gerações de crianças saudáveis e também proporcionar mais qualidade de vida para os adultos e idosos de Maués”, avaliou o prefeito de Maués, Junior Leite, ao acrescentar que representantes de três municípios amazonenses já visitaram a Terra do Guaraná para conhecer o projeto.

O Leve Leite foi desenvolvido com base nos dados do relatório divulgado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde sobre a situação nutricional das crianças de zero a cinco anos do município em 2016, e que indicavam que 6% delas têm magreza acentuada, 10% estão muito abaixo do peso e 36% tem altura muito baixa para a idade.

Durante os três primeiros meses deste ano, a Prefeitura de Maués, por meio de assistentes sociais, visitou todas as famílias mauesenses em situação de risco social e inscritas em outros programas como o Bolsa Família para verificar a necessidade e a quantidade de moradores em cada residência, antes de cadastrá-los no programa.
Nos bairros mais carentes, como Donga Michiles e Senador José Esteves, além do combate à desnutrição infantil, o Leve Leite também modificou a dieta alimentar de centenas de idosos.

“Tenho problemas de pressão alta e os remédios e alimentos mais indicados são caros, mas desde que comecei a tomar o leite de soja no café da manhã estou me sentindo melhor e os exames médicos que fiz estão comprovando a melhora”, atestou a aposentada Claudete Castro Dias, moradora do Donga.

A produção do leite de soja é realizada na noite anterior à distribuição, que começa pontualmente às 7 horas nos postos de atendimento, envolvendo 46 funcionários em todo o processo. Cada beneficiário recebe até três litros de leite por dia – de acordo com o tamanho da família – que são entregues engarrafados em recipientes reciclados fornecidos pela Prefeitura.

Rico em cálcio, vitaminas D e B12, além de não possuir colesterol e lactose, para agradar ainda mais o paladar infantil, são acrescentadas essências de morango, chocolate e baunilha ao leite.

De acordo com o prefeito, todo o projeto está orçado em R$ 1,5 milhão anuais que são investidos na aquisição de cinco toneladas de soja por mês, manutenção das máquinas e dos centros de distribuição, transporte, salários, materiais e equipamentos para os servidores.

Além da entrega direta aos beneficiários nos postos de atendimento, o Leve Leite já atende instituições como o Centro de Convivência do Idoso, Associação Pestalozzi e o projeto Palavra Viva com 150 litros de leite nos dias da semana.

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